sábado, 23 de junho de 2012

quarta-feira, 20 de junho de 2012

1,99

- não sei porquê você fez isso, mas você me fez querer desistir de você.
- você me faz querer desistir de você a todo instante, mas eu luto contra isso.
- você não valoriza o que eu sinto por você, só sabe me esculachar.
- olha, até tento valorizar. mas não dá mais. não consigo mais ver você saindo por aquela porta, prometendo mais uma vez que tudo será diferente e eu ver só seu perfume diminuindo dentro do armário.
- eu fiz de tudo por você.
- fez. para me perder.
- não, me escuta, eu te amo. fica comigo mais um pouco.
- você nem pergunta mais, você afirma. cansei de ficar mais um pouco. de pouco em pouco foram-se anos.
- eu sei que eu virei as costas quando você mais precisou, mas sei o quanto você cresceu nesse tempo longe, algumas vezes até duvidei que era você mesma. jurei que quando eu te largasse você se jogaria da primeira ponte que aparecesse, e você foi mais forte. naquela tarde em que você me ligou e apareceu na porta da minha casa aos prantos, eu me balancei. eu afirmei o quanto te amava, mesmo sabendo que não podia mais, que você não me pertencia mais. eu tive que ser forte, tive que ter pulso firme e não pedir pra voltar contigo. sei que arrumei outra pessoa pra minha vida, achei que conseguiria seguir esse caminho sozinho, depois de tantos anos preso em você, mas notei que preciso de alguém pra sobreviver. e percebi também que você não precisa, você precisa somente de você. você é meio egoísta mesmo.
- ah legal, quando você começa a falar as verdades, você vem e começa a me acusar novamente.
- desculpa, amor.
- amor não.
- força do hábito nunca se perde, mesmo que quase dois anos depois.
- você sabe que essa conversa não poderia existir.
- sei, por isso tô aqui. durante todas nossas brigas eu afirmei que você arrumaria outra pessoa logo que acabasse, foi diferente. você, que se mostrava tão dependente de mim, se mostrou tão independente, parece que aprendeu a gostar da sua própria companhia. eu, que me mostrava tão independente, me mostrei bastante dependente, tive que arranjar alguém para ocupar seu lugar e cuidar de mim. me senti meio perdido. às vezes ainda me sinto.
- é, também. mas só às vezes.
- às vezes sinto sua falta, seja como amiga ou sei lá o quê.
- sei lá o quê?
- é.
- bem que eu sempre disse, eu te considerava namorado. agora você, me considerava sei lá o quê.
- tá vendo porquê terminamos? você e suas crises filosóficas de sempre.
- desculpa desvirtuar o assunto. continue, afinal é você que quis começar essa conversa.
- olha, queria te falar que é muito bom te ver com esse sorriso contagiante no rosto, parece que aquela nuvem negra que você carregava sobre sua cabeça sumiu, espero que ela não tenha sido por minha causa, você se mostrou alguém tão feliz, tão boa, tão crescida, tão madura. e às vezes imatura.
- tá. eu sei que ando imatura.
- mas o que mais me parece é que finalmente você se achou, e eu tenho medo de ter perdido você pra sempre.
- você sabe a verdade.
- sei, eu nunca te tive. você sempre foi dele.
- dele quem?
- não se faça de boba. ele. aquele que eu disse que era o cara que você mais gostou na vida, aquele mesmo que eu disse que em lista de preferência ele vinha em primeiro lugar. aquele que prefiro não citar o nome, porque dói.
- isso é constrangedor.
- muito. eu soube de vocês de mãos dadas no nosso restaurante preferido, e soube de vocês trocando beijos no meio dos meus amigos, e soube também de vocês dando as mãos por baixo da mesa.
- peraí. você soube do dia das mãos por baixo da mesa? como?
- quando você chegou em casa, disse o nome de todas as pessoas que estavam, eu sabia que estavam só vocês dois, e principalmente que aquela noite teve sorrisos, mãos dadas por baixo da mesa, vinho e alguns beijos. eu só relevei. eu sofri cada instante, eu sabia que você gostava mais dele do que de mim.
- não é isso. era um amor diferente.
- sim. era diferente, o dele era verdadeiro, o meu não existiu.
- existiu sim.
- não, você tentou compensar, mas... vamos deixar esse papo de lado. só queria dizer que às vezes sinto sua falta.
- eu também.
Ele disse que me amava. Disse que eu era a menininha dos olhos dele. Fomos felizes durante alguns meses. Amei aquele cara até o dia em que por meio de algum motivo fútil, o destino separou. Quebrou, acabou. Chorei litros de saudade, uma mistura de vazio e angustia. Desapareceu, desfez todos e quaisquer laços. Nunca mais soube de seu paradeiro. Eis que surge um novo personagem me oferecendo a mão. Sorriso estrelado, voz de canção, prometendo curar o desgosto do passado. Por fim, não fiquei só com a mão, mas com o braço inteiro. Cumpriu com o combinado, tirou o desgosto do passado, limpou a mancha da facada, e na minha casa fez a sua morada. E ele disse que me amava. Disse que eu era a menininha dos olhos dele. Nos fomos sim feliz por meses, alguns anos. Amei aquele cara até o dia em que descobri outra bolsa no carro dele, outra mensagem de “Boa tarde” após a minha, outra cor de batom. Outra personagem. Será que ele tinha duas pupilas em um só olho? Só sei que nos olhos dele eu nunca mais brilhei. Chorei litros de raiva. É, raiva, de ódio mesmo. Ser trocada como uma peça de roupa que não serve mais ou como por um tomate mais maduro, dói. Dói muito, não só o cotovelo como também dói o coração. Desde então me escondo no quarto quando algo parecido com o amor bate na porta. Não abro não. Ouvi uma frase, dessas bem prontas, batidas mesmo, que diz: “podem me enganar uma vez, mas não duas” e novamente me senti o ser humano mais acéfalo do mundo. Quase uma ostra mesmo. Raios. Morreram eles no passado. Hoje me visitam uma vez no ano, assombram apenas no dia de seus aniversários que não consigo esquecer. Deveria esquecer, mas vem ano, vai ano e sempre lembro. Esqueço o numero da minha casa na hora do Express lanches, mas não esqueço essas malditas datas. Todavia, o que quero mesmo contar é que por um descuido, uma desatenção, meio que acidente mesmo alguém entrou. Não, eu não abri a porta. Ele arrombou. Após essas duas tragédias mencionadas acima, deixei meu lado açucarado coberto pelo amargo. Apresentei a alguns meu lado monstro. No sentido concreto mesmo: devoradora de sentimentos alheios. Kinder-ovo sem surpresa, coco da Bahia oco. Acredite, consegui ser miss antipatia por muito tempo. Reflexo do passado, só. Mas com esse foi inevitável. Lutei até o fim para que deixasse comigo somente o gosto da coca-cola e levasse o sabor do beijo. Quis tanto que ao me abraçar deixasse o cheiro do amaciante de roupas e jamais o perfume fresco que ele usa. Fechei meus olhos por diversas vezes para não correr o risco de que ele me dissesse um dia: “Você é a menininha dos meus olhos”. Quer saber, odeio essa frase. O intrigante é que tenho plena consciência de que vou chorar litros, sei que pela terceira vez vou me enganar. Mesmo afirmando e reafirmando que tranco a porta e me escondo no quarto, quero mais é abrir. Quero mais é me aconchegar nos seus braços que quando me laçam perco o chão. Quero mesmo é quebrar o relógio e atravessar a madrugada rindo da sua risada e corrigindo sua fala enrolava. Quero uma mordida no queixo, um fio de cabelo seu no sofá da sala, uma tese inventada por nos, um retrato tirado de surpresa. Quero tudo, mas quero nada. Do que valeria tudo isso se eu não mergulhasse nessas poças de incertezas que o futuro não mostra? Já fui desprezada, já fui traída, mas isso não pode ser concreto que lacre a porta. A porta do meu coração que já esta entreaberta. E por ultimo, mas não menos importante: não haveria texto se eu não me deixasse arriscar. Se eu simplesmente, não sofresse.

terça-feira, 19 de junho de 2012

“Querido(a) leitor(a), Não chora não, não te destrua mais pelo estrago que uma ilusão te causou… Não vale à pena; não mais. Eu sei como foi bom e como é bom lembrar da pessoa que nosso coração ainda insiste em amar, mas não se apegue ainda mais à algo que não te pertence e nunca pertenceu… Não faça isso consigo. Onde está o seu amor próprio? Onde está aquela pessoa que sempre sorriu abertamente, enchendo toda a sua volta, de alegria? Onde está escondida aquela gargalhada gostosa que só você dá? Por onde anda aquela pessoa que a felicidade fazia morada…? Por anda você…? Quero lhe dizer algo por essa carta pequenina. Você é capaz de muitas coisas. Você é capaz de levantar tua cabeça e sorrir para todos à tua volta. Sim, você é capaz disso. Também é capaz de passar em frente daquela pessoa que não sai da tua cabeça e não se abalar se ela estiver abraçando uma pessoa ou beijando. Você é um ser humano capaz de muitas coisas, basta acreditar nisso que tudo irá se realizar em tua vida. Agora vai no banheiro, lava teu rosto inchado de ter passado a noite chorando, e depois se olhe no espelho e repita em voz alta; que é para que não haja barreiras para te impedir de conseguir o objetivo; “Eu sou uma pessoa capaz de ser feliz sem aquela pessoa. Sou capaz e forte”. Depois de ter feito isso abra as cortinas do teu quarto e diga “Oi, vida” e arrume a bagunça que agora está visível aos seus olhos. Comece pelas roupas largadas no chão e depois que acabar, passe para a cama e assim em diante. Terminando de pôr tudo em seu devido lugar, tome um banho e vista-se para sair e encontrar seus amigos que provavelmente não vê faz um tempo. Ligue para eles e informe que quer ir para alguma balada, algum restaurante, ou shopping, ou até cinema; mas sem filmes românticos, pois não queremos retroceder na sua recuperação. […] Agora estou encerrando essa pequenina carta com uma recomendação: Não se abata, por nada. Seja forte como uma rocha e não guarde seus sentimentos; libere-os onde estiver - isso vai ajudar-te muito. Mas se não conseguir, bem, é só me procurar ou me ligar que te escutarei e tentarei te aconselhar. Não se esqueça: Você é capaz.” Tirado do TUMBLR.

“Queria que alguém me entendesse, que alguém me ouvisse, que alguém me aconselhasse… Então coloquei uma música.”

Tão doce, tão pequena, tão garota. É curiosa a vontade que eu tenho de cuidar de você, de mimar você, de ter você em vista. Ás vezes me dá uma vontade maluca de colocar você em uma caixinha e sair por aí carregando você, só pra que eu possa ter a garantia de que você estará comigo, sem que ninguém o tire. Você é a minha calmaria, um poço de alegria, só de saber que você existe o meu coração se explode de felicidade. Ainda mais por saber que você faz parte da minha vida, faz parte de mim. Tão disposto, tão presente. Se alguém lhe pede uma mão, você dá o braço todo. As pessoas te querem de corpo, você se entrega de alma, não existe pouco, um terço, ou meio termo pra você. Quando se trata de ajudar alguém, você ajuda ou ajuda, e sem questionar, apenas ajuda. É tão admirável esse seu jeitinho doce, é tão admirável pra mim. Não o vejo como uma pessoa perfeita, pelo contrário, você tem defeitos, diversos deles, defeitos esses que mesmo sendo defeitos me agradam, claro que não são todos, mas grande maioria. E por fim, não tenho reclamações de você, só tenho a agradecer por estar comigo, e que mesmo de longe está segurando a minha mão, eu sei, sinto você. Você é um amor, ou melhor dizendo, é um anjo, e a única coisa que lhe falta são asas para voar até aqui e ficar perto de mim.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Ele e Ela

Ele: Eu tenho uma namorada.
Ela: Conte-me sobre ela
Ele: Ela ainda não sabe que é minha namorada…
Ela: Sabia que o que você sentia por mim era só mais uma paixão passageira…
Ele: Às vezes a gente se engana…
Ela: Se engana com o que?
Ele: Minha namorada é você e às vezes a gente se engana achando que é uma paixão quando na verdade é mais do que isso.